
Chineses “conquistam” mundo automóvel pela via industrial
A chegada das marcas chinesas aos mercados globais pela via tradicional está a demorar mais do que os analistas previam há uns anos. Não se pense, porém, que estes construtores não estejam a fazer o seu caminho.
A Jato Dynamics, por exemplo, dá conta que isso está a acontecer pela via industrial, ou seja, através da produção em solo chinês de automóveis que são já hoje comprados em vários mercados mundiais e, também, do “rebranding” de modelos de marcas chinesas por gigantes mundiais.
A consultora indica que os fabricantes de automóveis estão a sentir, no presente, a concorrência de quase todos os cantos do planeta, mas que não é tão “fácil” agora como foi para os fabricantes japoneses nos anos 50 ou sul-coreanos nos anos 80 acederem aos mercados ocidentais.
A Jato Dynamics explica, então, que a via das parcerias industriais pode ser o caminho. Por exemplo, o Ford Territory, que a marca apresentou há meses no Salão de São Paulo, não é mais do que um rebranding do JMC Yusheng S330, um SUV compacto.
Mas há mais. A Volkswagen também anunciou que está a adaptar a sua fábrica de Pacheco, na Argentina, para produzir o Tharu, um SUV compacto, concebido e projetado na China, que foi apresentado recentemente, no Salão do Automóvel de Guangzhou.
Além disso, a General Motors anunciou planos semelhantes e apresentou a nova geração do Chevrolet Captiva no último Salão Automóvel de Bogotá, em novembro. Ao contrário de seu antecessor, o ADN deste SUV compacto não é coreano, mas sim chinês.
O modelo tem como base o Baojun 530, um dos últimos C-SUV a chegar ao mercado chinês.