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Manutenção auto. Os 4 tipos de direção de um automóvel

4 min de leituraMercado automóvel
Há alguns anos, ao comprar um carro, os principais aspectos a considerar eram a cor, potência e o espaço. Hoje, muita coisa mudou, e a tecnologia tomou conta das opções de escolha. E quem é capaz de imaginar que ao longo da história existiriam 4 tipos de direção?
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Se o leitor se interessa pela evolução dos automóveis ou se gosta de saber mais sobre mecânica, de certeza que vai gostar do que vai ler. É que ao longo deste artigo, vai ficar a saber um pouco mais sobre os principais tipos de direção, como funcionam, características, vantagens, desvantagens e pormenores sobre a manutenção.

Quais são os 4 tipos de direção? Embora a direção mecânica, hidráulica e elétrica já sejam conceitos bastante conhecidos, muitos automobilistas não sabem como funcionam. De forma muito simplificada, vamos caracterizar aqui cada uma delas. E começamos pela mais elementar.

1. Mecânica. Era comum nos automóveis antigos e ainda está presente em alguns modelos em circulação. A direção totalmente mecânica não tem qualquer tipo de assistência e dependia da força dos braços dos condutores. Trata-se de um sistema simples, constituído por: . Coluna; . Árvore; . Caixa de direção; . Barra; . Braços de direção.

Funcionamento: De forma simplificada, podemos dizer que, ao virar o volante, o movimento é transferido à caixa de direção por meio da coluna. A rotação é, então, convertida e passada para os braços que controlam o posicionamento das rodas. Uma das vantagens deste sistema é que, por ser simples, tem um custo menor em relação aos outros, tanto no que diz respeito às peças, quanto à mão de obra no caso de reparação. Era uma solução robusta, que não apresentava grandes problemas — quando acontecem, são relativamente mais fáceis de detectar e resolver.

2. Hidráulica. A direção com assistência hidráulica começou a vulgarizar-se nos anos 50 do século passado e permitiu reduzir o esforço do condutor ao fazer rodar o volante. Agradou aos entusiastas dos automóveis, considerando o tamanho e peso dos carros da época. Ao contrário do modelo mecânico, a direção hidráulica recorre a alguns elementos que permitem tornar a condução mais leve. Além dos itens citados na direção mecânica, os principais componentes deste sistema são: . Bomba hidráulica; . Fluido; . Válvula de rotação; . Tubagens; . Reservatório.

Funcionamento: Muito simples. Ao ligar o motor, a bomba hidráulica é acionada por meio de correias e roldanas, que pressurizam o fluido. Este, por sua vez, é enviado à válvula de rotação, que o distribui aos pistões, responsáveis por auxiliar no movimento das rodas. Com isso, chegamos à grande vantagem deste sistema: a sua suavidade. Quando comparada com a versão mecânica, a direção hidráulica é mais leve, o que é evidente ao fazer manobras. Uma das desvantagens está no fato de consumir recursos do motor para ativar o compressor, o que pode aumentar o consumo de combustível e reduzir ligeiramente a potência do automóvel. As fugas de fluidos também podem ser um problema, à medida que o carro vai envelhecendo.

3. Elétrica. Como a direção hidráulica não era perfeita, surgiu a necessidade de se corrigir alguns de seus problemas. Estávamos às portas dos anos noventa do século passado.

Funcionamento: Ao contrário da versão hidráulica, não é preciso nenhum tipo de fluido ou bomba para auxiliar o movimento das rodas. Em geral, este sistema utiliza uma série de sensores que detectam o posicionamento do volante e das rodas, assim como força e velocidade aplicadas. Estes dados são enviados a uma central eletrónica que, depois de os interpretar, comanda um motor elétrico acoplado à coluna de direção. Dessa forma, todo o esforço para girar as rodas é feito por este, o que garante mais conforto nas manobras. Este sistema tem apenas como desvantagem o seu custo, que é mais elevado do que os restantes.

4. Eletro-hidráulica. Outro conceito de direção que procurou juntar o melhor de dois mundos para proporcionar mais conforto ao condutor. Funcionamento: Semelhante à versão totalmente hidráulica, tem vantagens no desempenho e no custo. Aqui a pressurização do fluido é feita por um motor elétrico totalmente independente. Embora seja mais cara, quando comparada com as versões mecânicas ou totalmente hidráulicas, se analisarmos sua parte elétrica, existe uma redução no preço de peças e mão de obra.

Em relação à manutenção, depois de termos visto as diferentes versões, a que menos problemas apresenta é a mecânica - sobretudo quando a caixa é do tipo pinhão e cremalheira. Fique atento a sinais como trepidação e folgas no volante, o que também é detectável nas inspeções periódicas. Fique atento às fugas e alterações no volante. Quanto ao fluido, deve fazer a substituição a cada 50 mil quilómetros e preste atenção aos níveis no reservatório. Se estiver muito baixo, verifique com o seu mecânico de confiança e não complete — pode haver algum defeito. Os modelos elétricos e eletro-hidráulicos também não costumam dar problemas. Importa apenas que esteja atento aos sensores.

Se o leitor tiver curiosidade ou quiser aprofundar informação sobre estes tipos de direcção, os manuais dos próprios automóveis são úteis. Nomeadamente, dados importantes quanto ao período de troca e revisões, cuidados a ter em conta e o que fazer para prolongar a vida útil dos componentes. Independentemente da quilometragem ou tipo de direção, como já referimos e para garantir a máxima segurança no acto de condução, é fundamental realizar as inspeções periódicas com o seu serviço de assistência técnica. É o lugar certo para antecipar problemas e fazer a devida reparação.

Publicado em {data}
11 de maio de 2023
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