O elétrico Dacia Spring ou o Opel Mokka-e?
Uma escolha difícil? Vamos ver.
Baixo custo ou um look particular e desportivo?
Prepare-se para aderir à realidade das emissões zero a baixo custo? Mas não dispensa um carro com pinta? Seja qual for a sua opção estas duas opções podem ser a resposta que procura.
O Dacia Spring Electric é a escolha BEV e amiga do ambiente mais em conta do mercado, e o Opel Mokka-e destaca-se da multidão com um design distinto e com tecnologia mais atualizada do que o seu rival de baixo custo.
Mas como é que estes dois veículos elétricos (VE) se comparam em termos de preço vs vantagens, potência e estilo? Vamos por partes.
Opel Mokka-e
Por um lado, o Mokka-e é uma opção inteligente e elegante que se destaca pelas suas linhas acentuadas e distintivas, interior contemporâneo e tecnologia de bordo útil. O interior, sem elementos desnecessários, apresenta um painel de instrumentos dominado pela sua marca 'Pure Panel' com dois ecrãs panorâmicos. Entre os complementos tecnológicos inovadores, estão o Cruise Control adaptativo e a assistência à manutenção na faixa. Com opção de carregamento sem fios, o Apple CarPlay e o Android Auto vêm de série em toda a gama. Em 2023 passa a estar disponível uma versão com motor de 156 cv, equipada duma bateria de maior capacidade com 408 km de autonomia.
Dacia Spring Electric
O Dacia Sping é o carro elétrico mais barato à venda na Europa. No final de 2022 passou a existir uma versão de 65 cv a completar a base com 45 cv. Com um acréscimo de custo quase inexistente, esta versão possui as mesmas excelentes características de agilidade na cidade (apenas 3,7 m de comprimento e um raio de viragem de 4,8 m), mas os seus 10 km/h de velocidade extra permitem outra desenvoltura em vias rápidas; os 0 a 100 km passam de 19,1 para 13,7 segundos. A bateria de 27,4 kWh permite fazer até 295 km em cidade, mas o facto de ser refrigerada a ar e a necessidade de manter o custo do carro reduzido limitam a carga CC a 30 kW.
Design e tecnologia
O Mokka-e é o primeiro carro, sob a insígnia da Opel, a estrear uma nova linguagem de design (inspirada no Opel Manta), apresentando mais linhas angulares, dobras pronunciadas e uma linha de tejadilho flutuante. O capot alto (que se pode ver do banco do condutor) dá-lhe a impressão de estar a conduzir um veículo utilitário desportivo, ainda que o Mokka-e seja apenas ligeiramente mais alto do que um pequeno hatchback normal. A Opel também montou os confortáveis bancos bastante altos, para dar aos condutores uma visão mais dominante da estrada. O Mokka-e tem um nível acabamentos e equipamento acima da média do seu segmento.
O VE da Dacia é pequeno em todo o lado. Desde o seu pequeno conjunto de baterias (27,4 kWh), ao seu pequeno círculo de viragem (9,6 metros), até ao seu preço superbaixo — mas é grande em benefícios em todo o lado. As suas pequenas dimensões (3,73 metros de comprimento) colocam-no algures entre o Volkswagen Up! e o MINI hatchback. Mas é volumoso, com alguns traços de estilo SUV — como a distância ao solo acima da média, o revestimento em arco volumosos das rodas e as calhas do tejadilho. O ar condicionado e os vidros elétricos são de série e, por apenas mais algum dinheiro, o pacote 'Comfort Plus' inclui capas de assento em pele, pintura metálica, uma roda sobresselente de tamanho normal, sensores de estacionamento, uma câmara de inversão de marcha, rádio digital DAB, navegação por satélite e integração com smartphone.
Potência e condução
Para 2023 o Mokka-e passa a estar disponível com dois níveis de potência: 136 e 156 cv. A versão menos potente tem uma bateria de 46 kWh de capacidade útil. Já a nova motorização de 156 cv monta uma bateria de maior capacidade 50,8 kWh úteis, bomba de calor e é mais eficiente, aumentado a autonomia até ais 408 km WLTP. A velocidade máxima (150 km/h) e a potência de carregamento em CC (até 150 kW) permanecem inalteradas, mas a aceleração dos 0 a 100 km/h baixa dos 10 para os 9 segundos.
O Dacia Spring está equipado com um motor elétrico de 45 ou 65 cv, com 125 Nm de binário, emparelhado com uma bateria de 26,8 kWh, o que, de acordo com testes oficiais WLTP, permite uma autonomia de 295 km em cidade, ou 224 km em ciclo misto. O Spring promete uma excelente manobrabilidade com um raio de viragem apertado de 4,8 metros (igual a um Twingo 5p) de modo que é muito fácil estacionar. A versão de 65 cv veio melhorar muito a desenvoltura em vias mais rápidas graças à maior capacidade de aceleração.
Conclusão
O Dacia Spring é um veículo citadino extremamente adequado ao fim a que se destina, e a versão de 65 cv ganha em versatilidade quase sem penalização de custo. O Mokka-e já oferece outras prestações, outra pinta e outra tecnologia, embora, claro, tudo tenha um preço.
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