
Itália quer proteger as marcas que produzem carros de luxo
A Itália negocia com a União Europeia possíveis maneiras de proteger os fabricantes de automóveis de luxo. Em causa estão as novas medidas ambientais que prevêem a proibição de venda de automóveis novos com motor de combustão, o que inclui híbridos, a partir 2035.
A legislação europeia já em vigor prevê um corte de 37,5% dos automóveis a combustão até 2035. A proposta, anunciada em julho, exige que a venda de carros novos poluentes, híbridos incluídos, seja banida a 100%.
Embora o Governo italiano apoie o compromisso da Europa em reduzir as emissões carbónicas, por outro lado procura também proteger as marcas automóveis de luxo. Segundo o ministro Roberto Cingolani, é necessário perceber como as novas regras se aplicariam a fabricantes de automóveis que vendem um número muito reduzido de carros.
A Ferrari, por exemplo, vendeu cerca de 9100 carros em 2020. Já a Lamborghini totalizou apenas 7400 unidades vendidas.
"Existe um nicho no gigantesco mercado dos automóveis e há discussões em andamento com a Comissão Europeia. Estou convencido de que não haverá problema.”
Roberto Cingolani,
Ministro Italiano para a Transição Ecológica