
Semicondutores: uma crise que continuará até 2022
A crise que estamos a sentir dos semicondutores está a provocar um alargamento generalizado de prazos de entrega de veículos. Em vez dos 90 dias de espera, há já quem defina os prazos de entrega para daqui a meio ano.
A falta de semicondutores tem levado as fábricas a reduzir e parar a produção, bem como tem afetado a entrega de carros novos. A Volvo é o um dos exemplos mais recentes. A fábrica de Torslanda cessará a sua atividade por falta de microchips, devido à procura elevada de componentes eletrónicas.
Segundo a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), não há estimativa de resolução deste problema. No entanto, tanto a Comissão Europeia como os Estados Unidos têm estado a fazer esforços para resolver o problema, através de apoios monetários. Acredita-se que com a implementação destas alterações o problema será ultrapassado e a indústria de semicondutores poderá responder à procura do setor automóvel.
Segundo uma investigação do Susquehanna Financial Group, o período de tempo entre fazer a encomenda e a entrega do material aumentou. Se em junho o tempo estimado era de oito dias, em julho passou para 26,5 semanas, o que compara com uma espera típica de seis a nove semanas.Esta demora é a maior desde que o Susquehanna começou a compilar esta informação, em 2017.
De acordo com a Bloomberg, a escassez de semicondutores resulta em mais de 100 mil milhões de dólares em vendas não feitas. O mercado automóvel português, por exemplo, cresceu 18,1% nos primeiros sete meses deste ano, em termos homólogos. Todavia, em comparação com 2019 caiu 34,2%.