TCO

Total Cost of Ownership: Um cálculo fundamental na gestão de frotas

5 min de leituraMercado automóvel
O custo total de propriedade (TCO) de um veículo é composto pelos seus custos fixos, despesas de funcionamento e desvalorização, por ano ou ao longo da vida útil, menos o respetivo valor de revenda previsto. Normalmente, esta fórmula é calculada antes da aquisição inicial para que seja utilizada como uma métrica de seleção, mas é importante lembrar que o TCO não é um número estático. Venha daí e fique a saber tudo.
Share this

Já ouviu falar de TCO ou já leu esta sigla em algum lado?

Acreditamos que sim, sobretudo se está ligado ao universo empresarial e à gestão de frotas de automóveis. Mesmo que se trate de uma PME. Mas se este termo não é claro para si, está no sítio certo, já que vamos explicar-lhe o essencial. Antes de mais, do inglês, TCO são as iniciais de Total Cost of Ownership, que quando aplicado a um automóvel refere-se à estimativa financeira dos custos totais associados à sua aquisição e utilização, durante determinado período de tempo e quilometragem. Por exemplo, para simplificar, se um negócio como uma imobiliária decide adquirir automóveis para os seus colaboradores, será importante avaliar o impacto de todos os custos destes automóveis durante o tempo em que estiverem ao serviço da empresa.

Começar por avaliar.

Numa explicação simples e imediata, o responsável pela frota da empresa pode calcular, durante um período, os encargos das viaturas por quilómetro de utilização. Por isso, a análise TCO é a primeira ferramenta de avaliação e, do ponto de vista contabilístico, o critério principal de escolha de um determinado modelo de automóvel. Além do preço inicial de aquisição dos automóveis e do cálculo do seu valor residual - no fim do seu tempo de vida na empresa - o TCO engloba outros custos da operação: manutenção, substituição de pneus, seguros, combustíveis, encargos fiscais e até outras variáveis.

Por que é importante calcular o TCO?

Como se percebe facilmente, este cálculo é fundamental e deve de ser feito com rigor. Só assim, com esta métrica, a empresa vai ficar com uma noção exata de todo o investimento que terá de fazer. Permite também projeções mais precisas e decisões estratégicas com maior segurança. Por exemplo, ao somar todos os custos ‘visíveis e ocultos’ de uma frota, será possível decidir pela aquisição própria ou optar pelas vantagens do renting, e prever as despesas futuras com mais assertividade e reduzir custos. Isto é ainda mais verdadeiro se tivermos em conta a transição para a mobilidade elétrica, na medida em que a opção por veículos com estas características pode implicar cálculos de TCO diferentes e muito mais vantajosos para a empresa.

Como é que se calcula o TCO?

Como já referimos atrás, quando aplicado a uma frota automóvel, a avaliação do TCO avalia uma série de variáveis de custo que podem ter designações diferentes - mas que significam a mesma coisa. Ora tome nota:

**Custos fixos ou visíveis ** São os custos quantificáveis ou previsíveis. Literalmente, são os custos que se podem ver. Numa frota, trata-se do custo de aquisição dos veículos, manutenção preventiva, impostos e despesas com combustível.

Custos variáveis ou operacionais Estes custos caracterizam-se pela sua maior imprevisibilidade. Pensando em frotas, podemos identificar alguns exemplos como custos relacionados com a depreciação dos veículos, manutenção necessária e fora do plano base de revisões ou custos de substituição de um automóvel da frota por imobilização mais prolongada e não prevista. Estes e outros aspetos, que veremos já a seguir, mostram-nos que a TCO é um cálculo dinâmico que e tem de conviver com as variações do próprio mercado.

Ao longo da vida útil de um veículo, o TCO é sujeito a alterações devido à idade do veículo e a vários fatores externos. Por exemplo, os fatores do mercado externo fazem com que os preços do combustível flutuem e os custos dos bens aumentem e façam subir os preços dos pneus e das peças. Além disto, as taxas de desvalorização tendem a acompanhar as condições do mercado grossista e as preferências de compra dos consumidores. Estes fatores externos podem influenciar a competitividade do TCO de um segmento de veículos em comparação com outro. Por exemplo, os preços do combustível mais baixos estão a alterar as considerações do TCO ao reduzir os custos de funcionamento de camiões e ao aumentar os valores de revenda, afetando também, negativamente, os valores residuais de sedans e híbridos compactos.

O TCO também influencia as políticas de substituição de veículos. Praticamente todas as despesas relacionadas com a frota, tanto fixas como operacionais, são influenciadas quando um veículo é colocado fora de serviço. A tendência a longo prazo nos ciclos dos veículos de frotas comerciais é um aumento gradual da vida útil dos veículos. Ao longo dos anos, os OEM da indústria automóvel melhoraram drasticamente a qualidade dos veículos e prolongaram as garantias do grupo motopropulsor, permitindo às empresas prolongar com mais confiança a vida útil dos ativos da frota menos arriscados, como as frotas que utilizam camiões ligeiros.

Definir objetivos é importante.

Para fazer o cálculo de TCO é fundamental perceber quais são os objetivos da empresa. Sim, num negócio que tem de recorrer a uma frota automóvel é importante perceber se essa frota vai ser própria ou se será mais vantajoso recorrer a um serviço de renting. Isto permitirá chegar à conclusão sobre quanto custa ter e manter essa frota própria e quanto custa dispor dos mesmos automóveis mediante um contrato de renting, com o apoio de uma empresa parceira especializada neste tipo de serviço.

Decisões com melhor informação.

Quando uma empresa consegue mapear os custos que referimos até aqui, assim como ter uma noção clara dos seus objetivos, estará em melhores condições para conseguir definir metas de redução de custos e de aumento da sua eficiência. Por outras palavras, o orçamento da empresa estará mais em linha com a realidade e a salvo de surpresas. Outra vantagem do cálculo do TCO, sobretudo em empresas que estão ainda a definir uma política de frota - e num contexto de transição para a mobilidade elétrica - é a escolha do caminho a seguir. Como também já referimos, há muitos casos poderá ser mais vantajoso optar por um serviço de renting do que que fazer a aquisição própria dos automóveis, com tudo o que isso implica.

Relação entre custo e benefício.

Já a terminar, vale a pena lembrar que os custos de aquisição podem ser apenas uma parte superficial de todos os custos relacionados com uma frota. Isto porque considerar apenas o valor de compra dos automóveis é ter apenas em conta um pequeno aspecto do investimento real relacionado com este tipo de ativo. Por isso, calcular o TCO é fundamental: o gestor da empresa ou da frota fica deixa de ser surpreendido por custos que possam surgir e ganha uma noção clara de quanto custa manter essa mesma frota. Tão ou mais importante, a partir do TCO a empresa consegue comparar opções de frota e optar pela mais eficiente.

Publicado em {data}
13 de janeiro de 2022
Share this

Artigos relacionados

Renting
“Temos procurado alternativas de sourcing aos modelos de compra tradicionais, assim como veículos de marcas que habitualmente não estão no nosso radar de aquisição.”09 março 2023 - 5 min de leitura
Renting
Renting para empresas: 7 vantagens a ter em conta08 setembro 2022 - 4 min de leitura
Mercado automóvel
Não há automóveis para entrega. Fique a perceber o porquê.05 agosto 2022 - 10 min de leitura