
Os primeiros táxis voadores chegam em 2024
Os táxis voadores nunca foram tão reais. Em breve, as strartups alemãs Lilium e Volocopter, assim como a Hyundai e a General Motors, vão inaugurar os seus serviços eVTOL. Marcas como a Toyota, a Daimler ou Geely também estão a apostar neste segmento.
Sobrevoar uma cidade a 140 ou 150 km/hora e pousar no topo de um outro edifício deixará, em breve, de ser um delírio da ficção científica. Na verdade, várias startups planeiam inaugurar os seus serviços ainda esta década. Estima-se que os primeiros táxis voadores possam começar a operar em 2024.
O entusiasmo com a possibilidade de novos voos na mobilidade urbana é de tal ordem que inúmeras empresas estão a apostar no desenvolvimento dos veículos elétricos verticais de descolagem e pouso (eVTOL). E, tanto a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (AESA) como Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, já iniciaram o processo de certificação de alguns desses projetos. Entre eles, os taxis voadores da Velocopter.
Táxis voadores Velocopter
A estratégia da Velocopter passa por criar um ecossistema com várias soluções de mobilidade integradas na plataforma digital VoloIQ - o VoloCity (ligações dentro da cidade), VoloConnect (ligações cidade-subúrbio), VoloDrone (drone de carga), e VoloPorts (locais de descolagem e aterrissagem).
Até à data, a Volocopter é a única empresa com Design Organization Approval (DOA) da agência europeia. E, no final de junho, a empresa alemã surpreendeu o mercado com o primeiro voo do seu táxi aéreo no aeroporto de Bourget, em França.
A aeronave, com algumas semelhanças a um pequeno helicóptero, tem capacidade para dois passageiros, além da bagageira, e faz parte de um pacote mais amplo de serviços que a empresa quer começar a prestar na região da capital francesa.
Apesar de os primeiros eVTOL estarem projetados para serem pilotados, os fabricantes já estão a dotar os veículos com inteligência artificial, para que, a longo prazo, eles possam ser conduzidos de forma autónoma. Ainda vai demorar alguns anos é certo.
Primeiro, porque os reguladores e a sociedade em geral necessitam aceitar essa tecnologia. Segundo, porque a infraestrutura elétrica ter de sofrer ainda inúmeras atualizações para permitir que os veículos voadores aterrem e pousem em qualquer telhado e a qualquer hora.
Apesar destas dificuldades, para a AESA uma coisa já parece certa: na Europa, este mercado valerá 4,2 mil milhões de euros, podendo a UE centralizar 31% da produção mundial e criar cerca de 90 mil empregos até 2030.