
Car Policy Benchmark 2022: Tem - mesmo - de conhecer este estudo
Foi apresentado no passado mês de outubro e trata-se de um documento incontornável, que avalia políticas de frota e apresenta as melhores práticas do setor. Não teve a oportunidade de estar presente? Nós contamos-lhe tudo…
Vivemos tempos de alguma incerteza, não apenas no sector da mobilidade mas nos negócios em geral e na nossa vida coletiva. Por isso, informação é algo cada vez mais importante. Nesse sentido, a LeasePlan apresentou, em Lisboa, os resultados do Car Policy Benchmark 2022, estudo cujos dados informam as empresas sobre as melhores práticas do setor e desafiam os gestores a serem inovadores na otimização da performance dos seus recursos e da sua organização, e na satisfação dos seus colaboradores.
12 conclusões a ter em conta
O estudo foi preparado pelo departamento de consultoria LeasePlan e percebe-se pelo seu conteúdo, que se trata de uma ferramenta de apoio importante a qualquer profissional que precisa de tomar decisões em termos de frotas e mobilidade. Desde já, identificamos aqui as principais conclusões:
- 1.Desde o último benchmak de 2019, os plafonds de rendas e aquisição aumentaram 9% e 22% respetivamente;
- 2.O estudo contou com a participação de 390 gestores de frotas de empresas de 10 setores de atividade;
- 3.OCar Policy Benchmark permitiu à LeasePlan avaliar os vários aspetos relacionados com a política de frota de uma empresa, de forma a compará-la com as melhores práticas do setor, seja para se diferenciar dos seus pares, para reduzir custos ou para captar e/ou reter talento. Com a informação recolhida no Benchmark, as empresas poderão estabelecer metas e ambições, identificar gaps de melhoria quanto à sua situação atual e definir planos de ação que permitam destacar-se dos seus pares;
- 4.99% das empresas da amostra já tem uma política de frota definida e as políticas de frota estão a ficar mais completas;
- 5.A procura por produtos mais flexíveis aumentou 200% nos últimos 2 anos, marca desta tendência são os 12,5% da frota representada neste estudo ser relativa a produtos flexíveis;
- 6.A área de Recursos Humanos tem vindo a assumir um papel de destaque principalmente em empresas com dimensões de frota superiores, onde o veículo é visto como um instrumento para atração e retenção de talento;
- 7.Há maior eficiência nos recursos alocados à gestão da frota;
- 8.Continua a aumentar a quantidade de serviços contratados na modalidade de renting;
- 9.O modelo de seleção de veículos por plafonds aumentou para 69%, em detrimento de listagens pré-definidas (31%) tendência que vem aumentando desde 2016;
- 10.O TCO (total cost of ownership) é já o fator mais utilizado (73%) como variável decisiva, mesmo em frotas de menor dimensão;
- 11.O acesso a combustível e portagens pelos colaboradores tem vindo a crescer e são já disponibilizados na grande maioria dos casos. A inexistência de limite continua a ter um peso significativo. Por seu lado, a política de portagens mostra-se transversal a toda a empresa e em tendência de subida (55% das empresas sem limite de portagens);
- 12.O veículo de serviço continua a ser um elemento central na promoção da satisfação dos colaboradores.
Este estudo tem por base a experiência diária da LeasePlan em gestão de frotas. Como foi destacado por Ricardo Silva, Director Comercial da empresa, “na LeasePlan assumimos a gestão diária de mais de 110.000 veículos, o que nos permite reunir e tratar dados sobre as práticas de mercado da gestão de frota e identificar proativamente as principais tendências do setor.” Desde o último Benchmark, em 2019, o mercado foi abalado por grandes disrupções logísticas trazidas pela pandemia e agravadas pela guerra na Ucrânia, apresentando desafios sem precedentes a todas as empresas no que respeita à gestão de frotas.
Especialistas que aconselham
Consciente do seu protagonismo, no mercado de renting nacional, a LeasePlan entende que este tipo de estudo faz parte da sua vocação. “Sim, a LeasePlan tem a responsabilidade de aconselhar os seus clientes de forma a tornar as suas decisões de gestão de frota cada vez mais eficientes em termos de custos, mais informadas quanto ao futuro da eletrificação e mais conscientes das oportunidades de atração e retenção de talentos”, disse-nos também Ricardo Silva. Sobre o papel do departamento de consultoria, acrescentou também que “O papel de consultoria da LeasePlan e os estudos aprofundados do mercado que realiza periodicamente, como é o caso do Car Policy Benchmark, são fundamentais para ajudar os nossos clientes a ajustarem-se às novas realidades e promover melhorias. Isto aplica-se não só nos planos de ação de cada cliente, consoante a estratégia e setor de atividade, mas também no próprio serviço que a LeasePlan presta, de modo a irmos ao encontro das necessidades e preferências dos nossos clientes”.
Mobilidade elétrica em foco
As soluções de automóveis elétricos a incluir nas frotas é um aspeto que é já incontornável. Nesse sentido, esta terceira edição do Car Policy Benchmark surge com uma importante novidade que Ricardo Silva quis sublinhar. “É verdade. Dada a relevância da eletrificação no futuro do mercado automóvel, este ano lançámos uma nova ferramenta, o Índice de Eletrificação de Frotas, que avaliou em que medida é que as empresas estão preparadas para a mobilidade elétrica”.
Este Índice de Eletrificação de Frotas permitiu analisar em que fase da jornada de transição para a mobilidade elétrica é que estão as empresas. E estas são as principais conclusões:
- 1.Mais de 50% das empresas com frotas inferiores a 200 veículos ainda não sentiram necessidade de encomendar veículos eletrificados, embora 25% delas já avaliem as oportunidades e os desafios da transição;
- 2.Empresas com frotas acima dos 200 veículos estão mais desenvolvidas no eixo EV Readiness, com procura por veículos plug-in e 100% elétricos;
- 3.No que respeita à adaptação da organização, mais de 50% das empresas já assumiu internamente a sua transição para a mobilidade elétrica;
- 4.O impacto nos condutores é o eixo menos destacado da amostra, com as empresas a cumprirem apenas 28% das exigências deste eixo, demonstrando que as empresas, no geral, não estão a dar o devido valor ao impacto que os condutores podem ter na transição elétrica;
- 5.As considerações de custos são claramente o fator mais tido em consideração de forma transversal na transição para a mobilidade elétrica.
Considerando os resultados obtidos através deste Índice, torna-se claro que existe ainda um longo caminho a ser percorrido na transição para a mobilidade elétrica.
Um documento de referência
Este estudo contou com a participação de 390 gestores que responderam a um questionário online, permitindo recolher informação relevante sobre as frotas de 10 setores de atividade. A frota total das empresas que participaram neste inquérito corresponde a mais de 24 mil veículos, que percorreram mais de 800 milhões de quilómetros.
Como vê, há muito para saber em torno das páginas deste Car Policy Benchmark 2022. Sobretudo para os gestores de frotas, trata-se de uma ferramenta de trabalho e de consulta indispensável.