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Acidentes dentro das localidades - Evitar só depende de cada um de nós…

4 min de leituraAutomóvel
Ter em atenção aos limites de velocidade e aos peões, sinalizar a mudança de direção e circular corretamente nas rotundas são alguns dos conselhos para conduzir em segurança dentro das localidades. Leia o que temos para lhe ‘dizer’ sobre o tema e lembre-se disto na próxima vez que pegar no carro.
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Excesso de velocidade é a principal causa de sinistralidade

E porque é importante falar, primeiro, de velocidade? Basicamente, porque o excesso de velocidade é a primeira causa dos acidentes de viação em Portugal. Dentro e fora das localidades. A imagem é fácil de perceber: sempre que duplica a velocidade praticada, quadruplica a distância exigida para efetuar uma travagem e aumenta a exigência do tempo de reação.

Em Portugal, o Código da Estrada delimita os limites para a velocidade de circulação. Os infratores terão de pagar multas, que podem ir dos 60 euros aos 2500 euros e são alvo de subtração de pontos à carta de condução. São retirados dois pontos caso incorra numa infração grave e quatro se for muito grave. Para além disso, ficam temporariamente inibidos de conduzir.

Os limites dentro das localidades

Vamos então relembrar os limites de velocidade previstos na lei, algo pelo qual todos passamos porque fizemos um exame de código, mas que, por vezes, tendemos a esquecer. Os ligeiros de passageiros, de mercadorias, motociclos e pesados de passageiros e mercadorias não podem ultrapassar os 50 km/h sempre que circulam dentro de uma localidade. Claro que há que ter em atenção que, apesar de esta ser a velocidade máxima, isso não significa que sinais verticais não possam indicar a obrigatoriedade de, pelo menos numa parte do trajeto, ter de cumprir outra velocidade diferente.

Apesar destas indicações, também não é demais ter em conta a velocidade adequada, ou seja, aquela que permite, em todas as circunstâncias relacionadas com o condutor, com o veículo, com a visibilidade, com a aderência, com o tráfego, com as condições atmosféricas, da via ou de outras, parar o veículo de forma controlada, sem colidir com qualquer obstáculo e sem derrapar. Ou seja, para além dos limites, o bom-senso na condução sempre foi um excelente conselheiro.

Conduzir de forma eficiente

Para evitar a sinistralidade, sobretudo se estivermos a falar do perímetro dentro das localidades, evitar uma condução “nervosa” pode ser uma boa opção. Conduzir com constantes picos de aceleração e travagem, sobretudo em ambiente citadino, é responsável por um aumento de até 30% do consumo médio de combustível, para além de aumentar o risco de perigo. A recomendação é usar os pedais do acelerador e do travão de forma mais suave e, no momento de acelerar, evitar fazê-lo de forma brusca. Também é aconselhável que trave com suavidade para não gerar alarme nos outros condutores e peões e para poupar as pastilhas de travão e os discos.

A bendita distância de segurança

Teoricamente, todos sabemos, na prática todos nós esquecemos ou, pelo menos, muitas vezes ignoramos. Nas cidades, devido ao maior número de carros a circular, é essencial manter uma distância de segurança confortável, até porque antecipar os movimentos dos outros condutores faz parte de uma condução defensiva, inteligente e ágil. Confessemos: é claro que todos sabemos que é preciso sinalizar uma mudança de direção. O problema é que, por vezes, nos esquecemos, aumentando a insegurança dos veículos que nos circundam. Um dos problemas do tráfego urbano reside na fraca utilização de indicadores de mudança de direção, os famosos “piscas”. Quando devidamente utilizados, são um elemento fulcral da condução defensiva, ajudando por isso a reduzir a sinistralidade rodoviária, os engarrafamentos e alguns dissabores que qualquer fila de trânsito provoca num condutor menos paciente.

Como “fazer” uma rotunda

Uma das regras que causa mais dúvidas quando circulamos dentro de uma localidade são as rotundas. Nós ajudamos: se deseja sair da rotunda na primeira via, deve ocupar a via da direita. No entanto, se quiser sair da rotunda por qualquer uma das outras vias, só deve ocupar a via de trânsito mais à direita após passar a via de saída imediatamente anterior àquela pela qual pretende sair.

A regra de ouro: nunca esquecer os peões

É verdade que as passadeiras vieram ajudar em muito a estruturas a “vida” dos peões dentro das localidades. Mas a verdade é que, especialmente quem conduz no interior das cidades, nunca é demais ter atenção redobrada aos peões que circulam nos passeios e podem atravessar as ruas e estradas. Muitas vezes em zonas menos próprias ou com menor visibilidade. É que em caso de acidente, serão sempre eles o elo mais fraco.

Sabia que: Desde 1901 que há limites de velocidade?

A imposição de limites de velocidade máxima na lei não é uma situação propriamente recente em Portugal. Já em 1901, os regulamentos de circulação ditavam que não se podiam exceder os 10 km/h dentro das localidades. Em 1928, instituiu-se a obrigatoriedade de circulação à direita, da cedência de passagem aos veículos que se apresentem pela direita e eram legalmente designados os locais de passagem para os peões. Ou seja, nasceram nesta data as famosas “passadeiras”. Hoje, claro, mais de um século depois, os limites de velocidade máxima a que os condutores estão sujeitos são ligeiramente diferentes.

Publicado a 9 de fevereiro de 2022
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9 de fevereiro de 2022
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