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Cibersegurança: Pode um automóvel ser hackeado?

2 min de leituraAutomóvel
Sim. Os nossos carros podem ser hackeados e é mais fácil do que pensamos. Segundo os especialistas em cibersegurança, é possível obter o controlo dos sistemas de um veículo e aceder aos dados pessoais do condutor na maioria dos carros modernos.   
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Segundo Moshe Shlisel, um especialista em cibersegurança, os automóveis mais recentes são computadores sobre rodas, o que significa que os hackers podem violar o software e fazerem o que quiserem. Tendo em conta a sua experiência, quase todos os carros modernos estão vulneráveis ​​a esta ameaça.

“Fala-se muito sobre cibersegurança hoje em dia porque se percebe que a situação atual não é boa, é uma situação perigosa. Existem Lidares, radares e câmeras e quanto mais sistemas o carro tem, mais vulnerável ele fica.”

ShliselCEO e cofundador da GuardKnox Cyber ​​Technologies Ltd.

Em 2019, por exemplo, os veículos blindados Stryker do Exército dos EUA foram hackeados, comprometendo alguns de seus sistemas, de acordo com reportagens do The Drive e do Army Times.

Em junho de 2020, a Forbes relatou que quase todos os fabricantes de automóveis foram alvo de ataques de cibernéticos, havendo um aumento de 94% no número de ocorrências durante os últimos anos.

Quanto mais sofisticado for o sistema, quanto mais conectado estiver o veículo, mais expostos estaremos. Alguém pode, de facto, ter total controlo do nosso automóvel. Desde alterar a direção, ligar e desligar o motor ou até mesmo controlar os travões. (...) Se quer estar 100% seguro, tem de conduzir um carro dos anos 60."

ShliselCEO e cofundador da GuardKnox Cyber ​​Technologies Ltd.

Estes são apenas alguns dos riscos para a segurança do veículo, mas os dados pessoais do condutor também podem estar em perigo, e de uma forma muito fácil. Basta apenas encontrar o endereço de IP do automóvel.

É certo que existem 100 milhões de linhas de codificação num veículo, mais do que num jato, computador ou um telemóvel, mas ainda existe uma longa batalha a favor da segurança.

A Stellantis, por exemplo, tem um programa que premeia hackers benevolentes por encontrarem vulnerabilidades nos automóveis ao longo dos anos. Já a General Motors têm sido desenvolvidos softwares que impossibilitam a integração de outros considerados maliciosos.

Dicas de cibersegurança:

Publicado a 4 de outubro de 2021
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