
Inverno rigoroso: 7 dicas para quem se vai fazer à estrada
Os números da sinistralidade rodoviária, referentes ao ano de 2022, já foram divulgados. Infelizmente, dão que pensar. É que morreram nas estradas de Portugal continental 459 pessoas, mais 69 do que em cada um dos anos da pandemia e menos 15 do que em 2019, o último ano sem as restrições provocadas pela Covid-19.
É verdade, os números são trágicos, o inverno vai continuar a ser rigoroso e as suas viagens não podem esperar. Por isso, dê atenção a estas dicas e comece hoje mesmo a fazer a sua parte para baixar as estatísticas de acidentes nas nossas estradas.
1. Uma batata para desembaciar
O vidro do seu carro está sempre a embaciar? Sabia que uma simples batata pode ajudar a resolver o problema? É verdade, corte uma batata em duas metades, esfregue bem os vidros por fora e por dentro. O amido da batata vai entrar em ação e absorver a humidade e permitir-lhe ver bem a estrada. É claro, as escovas também têm de estar em boas condições. Outra opção é colocar o ar-condicionado no automático para regular o desembaciamento do vidro.
2. Pneus carecas, nunca.
Uma coisa é certa, o leitor pode ter o carro mais potente e tecnologicamente mais avançado do mundo, mas tudo isso vale de pouco se os pneus não estiverem em condições. Para verificar se os pneus do seu carro estão aptos a fazer viagens é preciso verificar os sulcos. O que é isso? Calma. Os sulcos são as linhas mais centrais da roda. Uma das suas funções é, em dias de chuva, expelir a água por debaixo dos pneus, garantindo mais estabilidade. Tem dúvidas? Use uma moeda de um euro para meter nesse sulco, se a dobra dourada da moeda desaparecer é porque o pneu ainda está bom. Se vir o dourado da moeda, o melhor é consultar um serviço de assistência técnica especializado em pneus.
3. Ferramentas, pois claro.
Sobretudo para viagens mais longas é importante preparar um kit de ferramentas adequado aos problemas que poderá encontrar. Desde logo, correntes para os pneus, para usar em condições extremas de gelo ou neve. Leve também uma espátula de borracha para tirar as camadas de gelo do para-brisas. Atenção, nunca use água quente, pois o vidro pode estalar. Também é aconselhável levar uma manta, casacos, luvas e gorros, água e barritas energéticas, uma lanterna, um jerrican e um carregador de isqueiro para o seu telemóvel, pois nunca se sabe se vai ter uma avaria num local de difícil acesso por parte dos serviços de socorro. Lembre-se, ainda, de andar com o depósito cheio, porque nem sempre há uma estação de serviço para abastecer o seu depósito ou a sua bateria.
4. Ver e ser visto.
A visão é o sentido mais importante para a condução. Sim, cerca de 80 por cento da informação relevante para a condução passa pela visão. Os condutores frequentes devem consultar o oftalmologista com regularidade e explicar que são justamente condutores frequentes. Verifique as escovas dos limpa para-brisas, os faróis e utilize-os corretamente. No inverno os faróis não servem apenas para ver a estrada. Servem também para que os outros o vejam a si. Circule sempre de médios acesos e tenha cuidado na utilização dos máximos que podem encadear o condutor que circula na faixa contrária e provocar um choque frontal com o seu carro. Os faróis de nevoeiro só devem ser usados em condições de nevoeiro. Caso contrário atrapalham mais do que ajudam. Se o nevoeiro estiver cerrado deve orientar-se pelas linhas da faixa exterior e tentar manter-se atrás de um outro condutor, a uma distância segura que não o perturbe a ele, nem a si. Com chuva forte o melhor mesmo é encostar - num local seguro - e esperar um pouco para que as condições melhorem.
5. Adapte o seu estilo de condução.
Uma coisa é uma estrada seca e com perfeitas condições de visibilidade. Outra bem diferente é uma estrada molhada e escorregadia. Por isso, adapte a sua condução às condições de circulação. Ou seja: reduza a velocidade e aumente a distância para o carro da frente. Evite travagens e acelerações bruscas, especialmente em estradas molhadas ou com gelo. Anuncie também aos outros condutores as suas intenções durante a condução. Para além do sinal de pisca, mostre que pretende mudar de faixa, para que os demais condutores percebam o que pretende fazer.
6. Dê descanso ao telemóvel…
…se costuma enviar muitas mensagens de texto ou se está sempre a consultar as redes sociais. Sim, a utilização de smartphones transformou-se numa das principais causas de acidentes rodoviários. Conduzir exige concentração e no inverno ainda mais. Portanto, o melhor é evitar o telemóvel e utilizar o sistema de mãos livres.
7. Conduzir com a velocidade certa.
Nem muito depressa, nem muito devagar. Regra geral, é o que se pode aconselhar a quem anda na estrada. Como todos sabemos, o excesso de velocidade acarreta inúmeros perigos, mas circular a uma velocidade muito baixa também pode atrapalhar os demais condutores e congestionar a via sem necessidade. Ou seja, a velocidade na estrada é uma questão de bom senso e equilíbrio. Respeitar os limites de velocidade e adequar o estilo de condução às condições atmosféricas e às condições da estrada é meio a forma de garantir viagens seguras.
Imagine que cada condutor incorporava estas 7 dicas nos seus comportamentos de condução? Tudo seria diferente nas nossas estradas, certo? Mas, na verdade, só depende de cada um de nós.