Desmistificando os veículos elétricos!

Um dos argumentos levantados pelos críticos dos Veículos Elétricos (VEs) é que eles oferecem, relativamente, poucos benefícios de emissão de CO2, ao levar em consideração o ciclo de vida completo do veículo. Essa visão, que falha em considerar a natureza nascente da tecnologia VE atual, às vezes é usada para justificar atrasos na transição das frotas de empresas para a mobilidade de "zero emissões".

Porém, graças a uma nova análise importante do ciclo de vida, realizada pela Federação Europeia de Transporte e Meio Ambiente, essa questão pode finalmente ser posta de lado. Os VEs não apenas são considerados muito mais eficientes em termos de CO2 do que seus equivalentes do Motor de Combustão Interna (ICE) em todo o ciclo de vida do veículo; na próxima década, eles serão ainda mais.

O estudo considera não apenas a intensidade de carbono da eletricidade usada para carregar um VE durante sua vida útil, mas também as emissões de CO2 associadas à produção dos veículos e de suas baterias. Além disso, considera o impacto de vários cenários associado à descarbonização da rede elétrica (ou seja, o uso de energia renovável, como eólica e solar). Em todos os casos, o estudo constata que os VEs superam significativamente seus equivalentes à diesel e gasolina.

Por exemplo, no cenário mais desfavorável, onde uma bateria de VE é produzida na China e o VE é utilizado na Polônia (um país com uma rede elétrica rica em carvão), o VE ainda produz 22% menos emissões de CO2 durante o ciclo de vida do que um veículo comparável à diesel e 28% menos que um à gasolina. No outro extremo, onde a bateria do VE é produzida na Suécia e o VE também é utilizado na Suécia (um país com altos níveis de energia renovável na rede elétrica), o VE produzirá 80% menos emissões de CO2 em seu ciclo de vida que um diesel e 81% menos que um à gasolina.

Além disso, essas eficiências de CO2 devem aumentar significativamente na próxima década. O gráfico abaixo mostra que as emissões de CO2 dos VEs serão até quatro vezes mais baixas durante o ciclo de vida até 2030, enquanto as eficiências comparáveis feitas por veículos à diesel e à gasolina provavelmente serão mínimas.

Essa evidência fornece uma base sólida para as empresas tomarem decisões sobre a transição de suas frotas para a mobilidade de "zero emissões", especialmente aquelas comprometidas em intensificar seu foco na sustentabilidade pós-COVID. O alerta vale inclusive, para as empresas que brasileiras que cada vez mais tem o foco na sustentabilidade!

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A Federação Europeia de Transporte e Meio Ambiente é um grupo independente e sem fins lucrativos. Seu objetivo é entender o real impacto do transporte no clima, ambiente e saúde com base em evidências científicas robustas.